TRAVESSEIRO SUSPENSO POR FIOS DE NYLON

terça-feira, 6 de setembro de 2011

REDES SOCIAIS - todo o cuidado é pouco

Rede Sociais: uso responsável  
TODO O CUIDADO, É POUCO!
Infelizmente, as coisas boas que uns fazem, outros aproveitam para fazer o mal.Esta semana, na televisão, houve reportagem todos os dias com Joaquín López Dóriga, jornalista mexicano, sobre o Facebook, o Hi5, Myspace, Sonico, Netlog, etc., e o perigo de seu uso. 

Veio uma reportagem diária no jornal MILÊNIO sobre como os sequestradores têm como fonte de informação direta e confiável nos blogs do Facebook e do Hi5.Entrevistaram uns sequestradores, que dizem que entram na Rede e vêm os rostos, a casa, os carros, as fotos de viagem e sabem o nível social e econômico que têm os utilizadores. Na televisão, um deles declarou que antes investigavam muito para conhecer os candidatos a sequestros, mas que agora, com o Facebook, eles conseguem facilmente as informações, que pomos voluntariamente na Rede. Com isso, não se enganam e não têm que investigar onde vivem, que escola frequentam, para onde viajam, quem são os pais, irmãos e amigos.

Passou-se isto com Alejandro Marti, jovem mexicano morto pelos seus sequestradores, que colocava tudo no Facebook. A família acaba de fechar o seu blog, depois de dar conta da quantidade de informação potencialmente perigosa que o jovem colocava com alegria, sem suspeitar que estivesse ajudando a quem o matou.. Protejam os seus filhos e protejam-se! Não coloquem informação íntima e pessoal na Rede.
  
     A VERDADE SOBRE O 'FACEBOOK'
O Facebook vende a informação dos seus usuários ao maior espião; cito textualmente: 'O que muitos usuários não sabem é que, de acordo com as condições do Contrato que virtualmente assumem, ao clicarem no quadro "Aceito", os usuários autorizam  e consentem ao Facebook a propriedade exclusiva e perpétua de toda as informações e imagens que publicam.Assim, ressalta o perito, os membros 'automaticamente autorizam ao Facebook o uso vitalício e transferível,  junto com os direitos de distribuição, de tudo o que colocam na sua página Web'. Os Termos de Uso reservam ao Facebook o direito a conceder e sub-licenciar todo o "Conteúdo do Usuário" para outros propósitos. Sem o seu consentimento, muitos usuários convertem as suas fotografias em publicidade, transformando um bem privado em comércio público.



De repente, tudo o que os seus membros publicaram, incluindo as suas fotografias pessoais, as suas tendências políticas, o estado de suas relações afetivas, interesses individuais e até o endereço de suas casas, foi enviado sem autorização expressa a milhares de usuários.


Há de se acreditar em Mr. Melber, quando assegura que muitos empregadores americanos, ao avaliar os currículos, consultam o Facebook para conhecer intimidades dos candidatos. 

A prova de que uma página no Facebook não é privada, evidenciou-se em um conhecido caso da Universidade John Brown, que expulsou um estudante quando descobriu uma foto que este colocou no Facebook, vestido de travesti. Outra evidência aconteceu quando um agente do Serviço Secreto visitou, na Universidade de Oklahoma, o estudante do segundo ano Saúl Martínez, por um comentário ofensivo do Presidente.  


E, para piorar, o assunto não termina quando os usuários cancelem a sua conta: as suas fotos e informação permanecem, segundo o Facebook, para o caso de quererem reativar a sua conta; o usuário não é retirado nem quando morre. De acordo com as 'Condições de Uso', os membros não podem obrigar que o Facebook  retire os dados e imagens dos seus dados,  já que quando o falecido aceitou o Contrato Virtual,  concedeu ao Facebook o direito de mantê-lo ativo sob um status especial de partilha por um período de tempo determinado, para permitir que outros usuários possam publicar e observar comentários sobre o falecido. 



Saibam os usuários do Facebook que são participantes indefesos de um cenário que os acadêmicos qualificam como o maior caso de espionagem na História da Humanidade. Convertem-se, de forma inconsciente, nos precursores do fenômeno 'Big Brother',  alusão direta à intromissão abusiva do Estado nos assuntos privados do cidadão comum para controlar o seu comportamento social, tema de uma novela profundamente premonitória escrita em 1932 pelo britânico Aldous Huxley:  "Um Mundo Feliz" ("1984"). É importante salientar também que as pessoas que postam fotos no twiltter, skype, etc também estão correndo risco.



De qualquer forma, é importante abrir uma página no facebook até mesmo para as crianças, ainda que não a utilize, pois há casos de páginas abertas por criminosos se utilizando do nome, simplesmente, de uma pessoa qualquer, e postando conteúdos que incriminam ou trazem informações falsas da pessoa.

TODO CUIDADO É POUCO!

TERÇA-FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2011

Coisas da Vida

Na função de extravasar mais do que um grito.

As milhões de mídias virtuais existentes me assustam. Um pouco mais a cada dia. Além de todos os fatores já observados pelos entendidos no assunto (ou por aqueles que se ocupam mais com este assunto do que eu), o que mais tem chamado minha atenção é a grande quantidade de mídias iguais. Todos se adicionam, trocam mensagens, vídeos, post's, soltam frases com pompas de citações filosóficas, mas, lá no âmago a intenção é sempre a mesma: conglomerar laços que não existem, impor-se uma personalidade cult que não tem haver com sua realidade e persistir em uma exaustiva tentativa de povoar uma vida.

É notório que em todos estes meios existem as "ferramentas de perseguição": os aplicativos de mensagens instantâneas. Se houver algum usuário que nunca tenha usado uma destas ferramentas e precisou ficar "off line" para não ser incomodado, que me desminta! O que mais me intriga é o fato de não saber onde foi que criaram a obrigatoriedade de se responder a todas as janelas que aparecem, piscam, emitem sons indesejados e quase fazem malabarismo como um cachorrinho que quer receber atenção. Óbvio que o uso adequado das (mesmas) diversas mídias nos salvam e nos aliviam os bolsos, mas, nem sempre tem alguém on line pr'aquela conversa instantânea, que tem como função saciar instantaneamente uma saudade (na melhor das hipóteses), ou para aliviar instantaneamente sua falta de tempo; e tudo vai ficando instantâneo, remendável e instável.

No que tange as postagens diversas, natural que as pessoas tenham a necessidade de serem ouvidas, de terem seus pensamentos apreciados (curtidos) por outros. Só que em meio a necessidade de se expressar, corremos o risco de falar o que não se deve, o que não se pensa e o que não foi questão de julgamento. Ou seja, expõe-se algo que poderia muito bem ficar guardado só para você. Porque existem certas convicções que são tão suas que, se forem lançadas, acabam por perder a autenticidade. É legal pensar em poupar o mundo daquilo que não é verdadeiro em você. Toda sua altivez, requinte, todo o seu ser esguio acabou de des-mo-ro-nar em apenas uma frase. Alguém já disse que leva-se uma vida para construir, mas segundos para destruir.

Além da comida express, existem os amigos instantênos! Não falo isso no sentido de que eles vão embora rapidamente, puro engano. Tem alguns que, uma vez adicionados, vão habitar sua página inicial para todo o sempre! Pior do que isso são os que se acham no direito (seria muito drástico usar a palavra 'intimidade' aqui?) de 'adicionar alguém' pelos dois piores motivos do universo: ou porque vocês possuem amigos em comum (ninguém é exclusivo, óbvio que temos amigos em comum!) ou, ainda, porque gostaram do seu layout. Será que essa competição pela maior quantidade de amigos virtuais também é uma fome instantânea de pseudo-popularidade?!

Confesso que termino ainda mais assustada do que quando inciei. Gostaria de encontrar um sentido transcendental para isso tudo, até bíblico, quem sabe?! Infelizmente só possuo as questões, as respostas parecem não me caber. Engraçado como vamos nos apegando às imperfeições do olho no olho e sentindo saudades de uma época em que resolvíamos nossas questões com cara e coragem e não com dedos e intenções. Por que hoje em dia acabamos por dar mais valor às coisas antigas, ditas ultrapassadas? Por que, nessa nossa nova e evoluída cultura, onde temos acesso a tudo de mais moderno, vamos nos deliciando com os sons chiados dos LP's? Por que o preto e branco das imagens vão nos chamando mais a atenção do que os recursos de photoshop? Será que estamos cansados de evoluir? Será?!

Ter mais sede de pele e de cheiro. Um apelo afônico.


O maravilhoso mundo do Twitter 
Para  Refletir...
Documentário "A Visions Of Students Today", produzido por Michael Wesch (Kansas State University), traduzido em português por Marcio Lombardi e Bruno César dos Santos. Apresentado na reunião do Grupo de Pesquisa Científico-Acadêmica de Televisão Educativa e Mídias Digitais do Colégio e Faculdade Eniac (Guarulhos/SP em, 26/08/2009).

A História da Internet
Visite: http://www.viomundo.com.br/vida-digital




 Fora do Facebook ­
Álvaro Pereira Júnior ­ Colunistas ­ Folha de S.Paulo 29/03/2015 

Uma bomba atingiu o mundo das notícias esta semana: dois sites jornalísticos muito importantes, o sacrossanto "The New York

Times" e o irreverente "Buzzfeed'', estão a ponto de liberar seus conteúdos para que sejam lidos dentro dos domínios do Facebook.

É uma revolução, uma profunda quebra de paradigma. Hoje, se o leitor clica em um link de notícia que aparece no Facebook, é levado para o site que originalmente produziu o material –o "Buzzfeed" e os próprios jornais "The NYT", "The Guardian", "El" "País", "G1", Folha etc.

O problema é que esse clique, que tira o usuário do "Face" e o transporta a outro site, leva tempo –nos EUA, onde a telefonia celular é decente, a média é de oito segundos. Para quem está vendo a notícia pelo telefone (e cada vez mais gente faz isso), é uma eternidade.

Proposta do "Feice": trazer a notícia para dentro dele mesmo e assim agilizar a parada. Isso significa um monte de coisas, mas a principal é que o produtor do conteúdo perde controle sobre quem está lendo sua notícia. As informações, estatisticamente tão relevantes, ficam na mão do Facebook.

É apavorante: a ubiquidade do FB supera os piores pesadelos distópicos. Na ficção de "1984", o poder absoluto do Grande Irmão se sustentava em um Estado totalitário.

Na realidade do século 21, é o próprio usuário que, alegremente, em ambiente "democrático", informa tudo sobre sua vida, seus hábitos e suas vontades. Uma assustadora ilusão de liberdade. Só não falo em alienação para não soar ainda mais demodê.

Nem usuário do Facebook eu sou.Deixando claro: não é exatamente que eu não tenha conta no "FB". Abri uma, há cerca de um ano e meio, para acompanhar uma polêmica surgida dentro da rede sobre o coletivo Fora do Eixo e a Mídia Ninja. Sem cadastro, não teria acesso aos textos.
É um tema que me interessa, daí a concessão.

Ao me registrar, tomei o cuidado de não informar meu nome completo, nem a cidade onde moro. Zero informação. Imagino que nem com muita vontade alguém consiga me achar na rede social –e, pensando bem, que infeliz nesse mundo teria vontade de me achar?

Como, no Facebook, não tenho nenhum amigo (vida virtual e vida real se igualam), não consigo seguir absolutamente mais nada do que está acontecendo.

A grande maioria das pessoas, me parece, só libera seus perfis para os chegados. Fico fora do esquema. Até hoje, não me fez a menor diferença.

Mantenho distância dessa rede social porque, a meu ver, ela amplifica a níveis infinitos justamente as duas atividades que menos me interessam neste mundo:

1) Divulgar ao restante do planeta o que penso sobre todo e qualquer assunto e a quantas anda minha vida pessoal;

2) Ficar sabendo o que o restante do planeta pensa sobre todo e qualquer assunto e a quantas andam suas vidas pessoais.

Sempre brinco com colegas, meio a sério, que, se não consigo me interessar nem pela minha própria vida, que dirá pela dos outros. Assim, não acho que o Facebook seja meu lugar.

E falo em termos genéricos, sem tocar numa particularidade do "Feice" no Brasil: a pestilência do embate político sectário e da militância paga, que encontrou terreno fértil no esgoto virtual.

Sei, no entanto, que essa minha atitude distante se equilibra em uma premissa cada vez mais frágil: a de que existe uma distinção clara entre o mundo on­line e o mundo real. É uma linha divisória que está se apagando.


Surgiu um fio de esperança na época da polêmica sobre a cor de um vestido, há algumas semanas. Aquele que, para certas pessoas, parecia branco e dourado; para outras, preto e azul.

Essa história aparentemente tão banal "viralizou'' por causa do "Buzzfeed", que descobriu o caso no blog pessoal de uma convidada de um casamento e o transformou em uma notícia que rodou o mundo.

Entrevistado sobre a enorme repercussão, um alto dirigente do site declarou: "Dessa vez, o mundo da internet invadiu o mundo real". Fiquei contente: até alguém do "Buzzfeed'', um site tão moderno, admitia que mundo on­line e mundo real são coisas diferentes.

Mas a alegria vai durar pouco: a mudança é avassaladora. Facebook e vida unidos em um plasma inseparável. Melhor ficar longe disso–só espero que seja possível.

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