GÊNIOS E LOUCOS

em artes & ideias por césar brito em 28 de out de 2012 às 02:54

A genialidade nada mais é do que enxergar o mundo de uma forma diferente. A loucura é ser e agir de uma forma diferente do restante da sociedade. “Gênio” e “louco” são duas palavras que sempre andaram juntas e não faltam motivos ou exemplos para isso.

Vincent Van Gogh é considerado por muitos o maior pintor de todos os tempos. O pintor é responsável por influenciar a vanguarda artística do século XX, além de revolucionar a pintura e a noção de arte. Porém Van Gogh só ficou famoso após sua morte. Em vida o artista acumulou fracasso após fracasso. Van Gogh sofria de depressão e esquizofrenia o que só piorou quando começou a beber absinto chegando a ter alucinações que o impediam de pintar. Van Gogh também é conhecido por cortar um pedaço da própria orelha e fazer um autorretrato disso. Van Gogh se suicidou em julho de 1890 aos 37 anos de idade.

Noite Estrelada

Virginia Woolf

Virginia Woolf foi uma escritora inglesa que revolucionou a forma narrativa de falar sobre o individual, uma das figuras mais importantes do modernismo. Virginia vinha de uma família com problemas psicológicos. Ao longo da vida sofreu vários surtos de loucura, acreditava que escrever era a solução para seu problema. Aos 59 anos de idade Virginia Woolf após sofrer um colapso nervoso, vestiu seu casaco, encheu os bolsos com pedras e se jogou no rio.

Carta que Virginia deixou para o marido:

"Querido,
Tenho certeza de estar ficando louca novamente. Sinto que não conseguiremos passar por novos tempos difíceis. E não quero revivê-los. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Portanto, estou fazendo o que me parece ser o melhor a se fazer. Você me deu muitas possibilidades de ser feliz. Você esteve presente como nenhum outro. Não creio que duas pessoas possam ser felizes convivendo com esta doença terrível. Não posso mais lutar. Sei que estarei tirando um peso de suas costas, pois, sem mim, você poderá trabalhar. E você vai, eu sei. Você vê, não consigo sequer escrever. Nem ler. Enfim, o que quero dizer é que é a você que eu devo toda minha felicidade. Você foi bom para mim, como ninguém poderia ter sido. Eu queria dizer isto - todos sabem. Se alguém pudesse me salvar, este alguém seria você. Tudo se foi para mim mas o que ficará é a certeza da sua bondade, sem igual. Não posso atrapalhar sua vida. Não mais. Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos.V."

Artigo da autoria de César Brito.
Estuda jornalismo,faz grafittes,ilustrações,repentes.É jovem,mas parece velho....
Saiba como fazer parte da obvious.