"Ela vivia de um estreitamento no peito: - A vida"
"É assim como a primavera, eu me deixei cortar para vir mais forte.""Não entendo"
por, Antonio Abujamra
"Eu não entendo, eu não entendo.
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
Entender é sempre limitado. Mas não entender
pode não ter fronteiras.
pode não ter fronteiras.
Sinto que sou muito mais completa quando não entendo.
Não entender, do modo como falo, é um dom.
Não entender, mas não como um simples
estado de espírito.
estado de espírito.
O bom é ser inteligente e não entender.
É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida.
É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Só que de vez em quando vem a inquietação:
eu quero entender um pouco.
eu quero entender um pouco.
Não demais: mas pelo menos entender que eu não entendo."
"Ele teve a sensação de ser.
Não poderia
explicar, tão profundo, nítido e
largo que era. A sensação de ser era uma visão aguda, calma e instantânea de ser o próprio representante da vida e da morte.
Então, ele não quis dormir, para não perder a sensação da vida."
largo que era. A sensação de ser era uma visão aguda, calma e instantânea de ser o próprio representante da vida e da morte.
Então, ele não quis dormir, para não perder a sensação da vida."
Clarice Lispector em A Descoberta do Mundo
"... estou procurando, estou procurando.Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei quem, mas não quero ficar com o que vivi.Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda."
"Das vantagens de ser bobo"
por Aracy Balabanian
"... estou procurando, estou procurando.Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei quem, mas não quero ficar com o que vivi.Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda."
"Eu adoro voar"
Poesia de Clarice Lispector
com imagens e voz de Guilherme Jr.
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Poesia de Clarice Lispector
com imagens e voz de Guilherme Jr.
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Sinto Saudades
Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.
Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
Sou só, e tenho que viver uma certa glória íntima e silenciosa
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.
Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...
"Sonhe
com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz."
"E eis"
"Persona"
Clarice Lispector por Aracy Balabanian
Não, não pretendo falar do filme de
Bergman. Também emudeci ao sentir o dilaceramento de culpa de uma mulher que
odeia seu filho, e por quem este sente um grande amor. A mudez que a mulher
escolheu para viver a sua culpa: não quis falar, o que aliviria o seu
sofrimento, mas calar-se para sempre como castigo. Nem quero falar da
enfermeira que, se a princípio tinha a vida assegurada pelo futuro marido e
filhos, absorve no entanto a personalidade da que escolhera o silêncio,
transforma-se numa mulher que não quer nada e quer tudo -- e o nada o que é? e
o tudo o que é? Sei, oh sei que a humanidade se extravasou desde que apareceu o
primeiro homem. Sei que a mudez, se não diz nada, pelo menos não mente,
enquanto as palavras dizem o que não quero dizer. Também não vou chamar Bergman
de genial. Nós, sim, é que não somos geniais. Nós que não soubemos nos apossar
da única coisa completa que nos é dada ao nascimento: o gênio da vida.
Vou falar da palavra pessoa, que
persona lembra. Acho que aprendi o que vou contar com meu pai. Quando elogiavam
demais alguém, ele resumia sóbrio e calmo: é, ele é uma pessoa. Até hoje digo,
como se fosse o máximo que se pode dizer de alguém que venceu numa luta, e digo
com o coração orgulhoso de pertencer à humanidade: ele, ele é um homem.
Obrigada por ter desde cedo me ensinado a distinguir entre os que realmente
nascem, vivem e morrem, daqueles que, como gente, não são pessoas.
Persona. Tenho pouca memória, por
isso já não sei se era no antigo teatro grego que os atores, antes de entrar em
cena, pregavam ao rosto uma máscara que representava pela expressão o que o
papel de cada um deles iria exprimir.
Bem sei que uma das qualidades de um
ator está nas mutações sensíveis de seu rosto, e que a máscara as esconde. Por
que então me agrada tanto a idéia de atores entrarem no palco sem rosto
próprio? Quem sabe , eu acho que a máscara é um dar-se tão importante quanto o
dar-se pela dor do rosto. Inclusive os adolescentes, estes que são puro rosto,
à medida que vão vivendo fabricam a própria máscara. E com muita dor. Porque
saber que de então em diante se vai passar a representar um papel é uma
surpresa amedrontadora. É a liberdade horrível de não ser. E a hora da escolha.
Mesmo sem ser atriz nem ter
pertencido ao teatro grego -- uso uma máscara. Aquela mesma que nos partos de
adolescência se escolhe para não se ficar desnudo para o resto da luta. Não,
não é que se faça mal em deixar o próprio rosto exposto à sensibilidade. Mas é
que esse rosto que estava nu poderia, ao ferir-se, fechar-se sozinho em súbita
máscara involuntária e terrível. É, pois, menos perigoso escolher sozinho ser
uma pessoa. Escolher a própria máscara é o primeiro gesto voluntário humano. E
solitário. Mas quando enfim se afivela a máscara daquilo que se escolheu para
representar-se e representar o mundo, o corpo ganha uma nova firmeza, a cabeça
ergue-se altiva como a de quem superou um obstáculo. A pessoa é.
Se bem que pode acontecer uma coisa
que me humilha contar.
É que depois de anos de verdadeiro
sucesso com a máscara, de repente -- ah, menos que de repente, por causa de um
olhar passageiro ou uma palavra ouvida -- de repente a máscara de guerra de
vida cresta-se toda no rosto como lama seca, e os pedaços irregulares caem como
um ruído oco no chão. Eis o rosto agora nu, maduro, sensível quando já não era
mais para ser. E ele chora em silêncio para não morrer. Pois nessa certeza sou
implacável: este ser morrerá. A menos que renasça até que dele se possa dizer
"esta é uma pessoa". Como pessoa teve que passar pelo caminho de
Cristo.
E eis que em
breve nos separaremos
E a verdade
espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia
Eu agora sei,
eu sou só
Eu e minha
liberdade que não sei usar
Mas, eu assumo
a minha solidão
Sou só, e tenho que viver uma certa glória íntima e silenciosa
Guardo teu nome
em segredo. Preciso de
segredos para viver
E eis que
depois de uma tarde de quem sou eu
E de acordar a
uma hora da madrugada em desespero
Eis que as três
horas da madrugada, acordei e me encontrei
Fui ao encontro
de mim, calma, alegre, plenitude sem fulminação
Simplesmente eu
sou eu, e você é você
É lindo, é
vasto, vai durar
Eu não sei
muito bem o que vou fazer em seguida
Mas, por
enquanto, olha pra mim e me ama
Não, tu olhas
pra ti e te amas
É o que está
certo
Eu sou antes,
eu sou quase, eu sou nunca
E tudo isso
ganhei ao deixar de te amar
“A realidade
é a matéria-prima, a linguagem é o modo como vou buscá-la — e como não acho.
Mas é do buscar e não achar que nasce o que eu não conhecia, e que
instantaneamente reconheço. A linguagem é o meu esforço humano. Por destino
tenho que ir buscar e por destino volto com as mãos vazias. Mas — volto com o
indizível. O indizível só me poderá ser dado através do fracasso de minha
linguagem. Só quando falha a construção, é que obtenho o que ela não conseguiu...”
Há Momentos
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
Clarice Lispector
“... e querer
começar já sabendo que a voz diz pouco, já começando por ser despessoal. Pois
existe a trajetória, e a trajetória não é apenas um modo de ir. A trajetória
somos nós mesmos. Em matéria de viver, nunca se pode chegar antes. A via-crucis
não é um descaminho, é a passagem única, não se chega senão através dela e com
ela. A insistência é o nosso esforço, a desistência é o prêmio.”
Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
* AGORA LEIA O TEXTO DE BAIXO PARA CIMA
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
* AGORA LEIA O TEXTO DE BAIXO PARA CIMA
Entrevista de Clarice Lispector
concedida em 01 de Fevereiro de 1977 (ano de sua morte) ao jornalista Junio Lerner, da TV Cultura de São Paulo, no Programa Panorama Especial
A entrevista foi reprisada na TV CULTURA
- 30 Anos Incríveis, com a apresentação de
Gastão Moreira.
É esta versão, comentada, que consta nestes vídeos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso queira, faça seus comentários, observações, correções. Grata pela visita.