TRAVESSEIRO SUSPENSO POR FIOS DE NYLON

terça-feira, 3 de maio de 2011

PORTINARI - Pintor Brasileiro (Criança; Brincar; Infância)

Cândido Torquato Portinari[1] (Brodowski29 de dezembro de 1903 — Rio de Janeiro6 de fevereiro de 1962) foi um artista plástico brasileiro. Portinari pintou quase cinco mil obras—de pequenos esboços e pinturas de proporções padrões como O Lavrador de Café a gigantescos murais, como os painéisGuerra e Paz, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956 e que em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Portinari hoje é considerado um dos artistas mais prestigiados do país e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.  

Um pouco de sua linda história de vida...


. TEMAS: CRIANÇA, INFÂNCIA, BRINCAR





























A Vida Cotidiana Poetizada em sua Arte



OBRAS DE CANDIDO PORTINARI


















PORTINARI 

por João Cândido Portinari (filho), Candinho



Visite o site do Projeto Portinari




Meus oito anos  -  CASIMIRO DE ABREU 


Oh! que saudades que tenho 
Da aurora da minha vida, 
Da minha infância querida 
Que os anos não trazem mais! 
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar - é lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!



MEUS TEMPOS DE CRIANÇA (1956)


ATAULFO ALVES- 

3 comentários:

  1. Oi Maga Lee! Gostei demais do post! Estou elaborando algumas atividades de releitura das obras de Portinari para o trabalho com Ed. Infantil e Ens. Fundamental, e as informações e o acervo que você coloca aqui serão extremamente úteis!
    Tenho um blog que procura reunir práticas relacionadas à brincadeiras, artes e educação... Se quiser, venha nos fazer uma visita! :)
    todomundogostadebrincar.blogspot.com.br
    Abraço,
    Amanda

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    Respostas
    1. Cara Amanda, fico feliz pela visita e por poder contribuir na construção de seu material. Essa ferramenta de buscar materiais, juntar e poder partilhar é sempre uma possibilidade maravilhosa. Também me interesso muito pelo brincar, por educação especial, e a arte entra nisso de forma natural. Dei uma rápida olhada em seu blog, mas quero voltar com mais tempo. Grata querida pela visita. Outro abraço pra você. Magali

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